quinta-feira, 17 de julho de 2008

Estranho mundo este...


Estranho mundo este em que acordámos, e vemos as caras que vimos ontem... Vamos no autocarro e parece que nada mudou! Lá vai a senhora que faz limpezas na casa duma velhinha rica que a enche de regalias, lá vai a mãe acompanhar o filhote ao infantário que sai na paragem do Hospital da Prelada, lá vai o rapaz que tem um atraso mental e conversa com todas as raparigas jovens presentes no veículo...

Ainda que nos surjam 2 dias de pausa, o fim-de-semana, quando chega a 2.ª feira e voltamos à rotina, parece que ainda ontem ali estivemos e nada mudou... Tudo não passa um play, stop, rewind, stop, play!


Estranho mundo este em que olhamos para os que por nós passam, e não lhes vemos um único sorriso... Um povo triste e desmotivado. Descontentes com a vida pessoal, profissional e política!


Estranho mundo este em que vemos animais a viver na rua, quando são domésticos e deveriam estar junto dos seus donos, ou ex-donos, ou no seu habitat natural, e não pelas ruas sujeitos a violência e desrespeito humano! Nascem e vivem como o ser humano, porque não têm os mesmos direitos? A aparência conta assim tanto?


Estranho mundo este em que se saímos de casa de fato e gravata somos doutores, e se sairmos de fato-de-treino somos trolhas!


Estranho mundo este em que diariamente vemos empresas a fechar, pessoas a ficarem sem os seus bens, florestas a arder, casas a arder, ruas inundadas, a pobreza constantemente a aumentar... Será que as cores azul e verde, que aprendemos a usar na escola ao pintar a Terra serão mesmo as correctas? Não serão os mares negros, e as terras cinzentas?


Estranho mundo este... que chamamos de mundo!

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